domingo, 19 de abril de 2009

Minha tribo: humanidade. Minha pátria: Planeta Terra.



"Reloj de campanas, tócame las horas, para que despierten las mujeres todas. Porque si despiertan todas las mujeres irán recobrando, sus grandes poderes. Reloj de campanas, tócame de prisa, para que despierten las sacerdotisas. La que lleva el aire, la que lleva el agua, la que lleva ofrendas a la pacha mama. La que lleva el fuego nuestra madre tierra, que eso necesita la mujer guerrera. Reloj de campanas, tócame las horas, para que despierten las mujeres todas. Porque nuestra Tierra, Gaia, necesita, que canten y bailen al son de la risa"

Hoje, dia 19 de abril, Dia do Índio, chuvoso e frio de outono gaúcho.
Abro esse post com uma canção, recebida da Nati, menina bruxônica linda, que se encontra no México.
Nesse dia de índio, Sammy pensou, pensou muito sobre esse lado tribal de Sammy, tão forte e tão presente.
O lado Tribal que faz Sammy gostar de ser matriarca, de ser bruxa, de valorizar a Grande Mãe. De ser mulher plena, com seus ideais.
Ao mesmo tempo que Sammy é Tribal, e como disse o amigo Ivan: estilo galinha que gosta de seus pintinhos embaixo das asas. Sammy nunca fica sozinha, porque a tribo de Sammy é global.
Sammy tem tribo onde for. Seja aqui, seja fora do Brasil. Sammy encontra pouso, encontra acolhida, acolhe também onde quer que vá.
É tão maravilhoso isso. Reconhecer-se como parte de tudo e de todos.
Na Sexta trabalhei bastante, e deu tempo de visitar uma amiga bruxônica, que mora perto da Jana. A Fátima, lindona, descendente de egípcios e com um pé na Jordânia (ou seria Palestina?).
Tomamos café: Sammy, Bruna, Jana e Fátima. Íamos fazer a vacina da febre amarela. Essa cidade está terrivelmente apocalíptica, parece que as pragas do Egito vieram para cá. Ou seria Murphy? Pois bem: Murphy entrou em cena e vacina somente na segunda. Sammy não vai fazer. Azar essa tal de febre amarela silvestre. O Lindão/Bonitão/Tudão também disse que não vai fazer, pois não fica doente e não toma nem aspirina há uns dois anos. Em fim, o chá com minha amiga bruxônica foi "ótemo". Recebemos visita da vigilância sanitária. Sim, tem foco de raiva no bairro da Jana. (Ainda bem que não moro mais lá. rsrsrsrs).
Mico da Jana: Sair correndo da cozinha gritando aos moços da vacina da raiva: eu preciso de vacina. Sim, pessoas, ela fez isso. Achamos que ela tinha "achado" que era vacina da febre amarela, mas não, ela queria vacinas para os cachorros dela.
Os rapazes tomaram café com a gente e sairam. Levamos Jana em casa para aplicar a vacina.
A noite ensaio de coral, jantar com a Namu Bruna e com o Lindo Tudo.
Sammy se divertiu muito. Precisava, pois meu lado workaholic está a mil. Noite lindona, matei saudades do Lindão que estava fora. Por isso pularemos para sábado a tarde.
Apartamento de Bruna. Lindo Tudo deixa Sammy lá a tarde. (Desculpa não te ajudar de manhã, Namu, mas foi por uma causa estilo Tudão, você entende, né?).
Jantamos camarão lá. Gente eu não sirvo para descascar camarão, "disculpa" Namu Bruna. Em compensação brinquei um montão com o Pedrinho. A noite: jantar no apartamento de Bruna. Convidados: Jana e Thiago, Sammy (Lindão não pode ir, ainda bem, porque ia passar fome. Fora o camarão, o resto do cardápio era composto de coisas que nascem de plantas, ou seja, nada que ele coma), Nelci e Neusa.
Hoje, o programa de Sammy foi visitar a I Feira Internacional de Artesanato de Caxias do Sul/RS - Mãos da Terra.
Entonces, vai Sammy feliz de irmã da Menina Júlia. Bem isso: Sammy, Menina Júlia, Neide e Sadi pais de Menina Júlia e pais emprestados de Sammy, que hoje tinha no máximo 17 anos. rsrsrsrs. Comentário de Menina Júlia: Vamos, eu preciso de uma companhia adolescente para visitar a feira.... rsrsrsrs.
E lá vamos nós, de trancinhas, brinco de penas, pulseiras, coisa hippie, bem tribal e máquina fotográfica.
A feira estava muito bonita, bem organizada. A população estava em massa. Os estantes continham os nomes dos países de origem. O estante predileto foi o da Guatemala, com bolsas lindas bordadas. E pasmem: o da Rússsia. Ahhh, aquelas bonequinhas, caixinhas de ícones com iluminuras douradas. Miniaturas, ovos de cristal. Momento dramático: Sammy pergunta o que era algo parecido com uma arma e uma colher. O moço responde: 10! Sammy percebe: ele não entende português. Menina percebe que o Russo falava inglês. Sammy pede em Inglês e ele responde metade em inglês, metade em italiano....rsrsrsrsrs.
Pausa dramática 2: Sammy se encanta por uma pulseira de madrepérolas do estante cubano. O moço cubano fala em espanhol com Sammy. Sammy entendeu tudo, e avisa que hoje está apenas olhando. O moço cubano pede para Sammy voltar, comprar outra coisa que leva a pulseira de brinde. Sammy diz que volta.
Pausa dramática 3: Os pais de Menina Júlia se perdem de nós. Azar. Na saída a gente acha eles... rsrsrs.
Pausa dramática 4: Sammy esquece o dinheiro em casa e perde de comprar um casaco Mexicano de lã lindo com um Lobo em Jackard.
Pausa dramática 5: Sammy e Menina Júlia precisavam de uns 500 reais para comprar tudo de lindo que viram, no entanto, quem manda na cabeça de Sammy é o cérebro. Não podemos gastar, não vamos gastar. Vamos olhar e se divertir.
Resultado: Murphy apareceu por lá, quando íamos comprar fondue de chocolate com morangos. A moça chega a nós, dizendo; meninas o morango acabou de acabar. Isso mesmo: os morangos não apenas acabaram, como acabaram de acabar bem na nossa vez de comprar. Não é pleonasmo. É Murphy!
As fotos ficaram legais demais. O colorido das peças, aliados ao bom humor sarcástico de Sammy e Menina Júlia, deixaram um dia chuvoso que teria tudo para ser um programa de índio, como um dia maravilhoso de índio.
Pausa dramática: Na entrada do Pavilhão de eventos, na rampa, Sammy jura que o chão tremeu. Foi como se tivessem empurrado o chão para cima. Falei e ninguém notou. De repente fez novamente. E, novamente ninguém notou. Dentro do espaço da feira, uma senhora Guatemalteca me informa que sentiu diversos tremores durante a feira, e que, inclusive, as demais colegas somente acreditaram quando viram os brincos chacoalhando nos estantes.
Entonces, fica o alerta de Sammy: Pavilhões da festa Nacional da Uva estão com o chão tremendo. Isso faz lembrar que o local fica exatamente na área onde ocorreu o último tremor de terra da cidade, que foi notícia nacional.
Nessa foto, eu e Menina Julia de trancinhas, felizes na fila do Fondue de Chocolate e Morangos, que acabou na nossa vez de comprar...
Abaixo: Neide e Sadi, Pappys de Júlia e da Menina Amanda, que não foi junto porque é madrinha de um bebê. Aqui temos a tradição de batizar os bebês em casa, e depois se batiza na Igreja com toda a cerimônia.
Assim, Menina Amanda é Madrinha de Casa. Capisce?



Aqui a menina Júlia está de chapeuzinho.
A dona do estante fez careta, ao ver a gente experimentando coisas.
Mas a foto saiu legal...
Abaixo,pratos decorados do estante da Turquia e cristais de Istambul.





































Pulseiras e Bolsinhas Guatemaltecas.
Abaixo: Eu com vestido da Indonésia (foto torta da Menina Júlia) e a Zebrinha Heavy Metal da África.
A todos, uma excelente segunda, termino esse post trabalhando.
Beijusssssssssssss....

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Onde está Amélia? Sammy: tem Amy no meu nome...

Amélia que era mulher de verdade...
Ai, que saudades da Amy.
Como pode, mulheres leitoras do Blog, permitirem que a Amy sumisse?
Por que raios os desejos de independência feminina precisavam acabar com a Amy nossa de cada dia?
Por que, meninos do Blog, vocês permitem que o machismo deturpe a Amy, a ponto de envergonhá-los sobre o fato de que vocês amam a Amy?
Todos nós tivemos uma Amy na nossa vida. E todo mundo ama a Amy, entonces, pessoas amadas: ressucitem a Amy, por favor!!!!!
Quem disse que é vergonha gostar de limpar a casa, gostar e saber cozinhar, cuidar de crianças, cuidar do jardim, cuidar do marido, do namorado, fazer chá para servir a uma amiga e ouvir seus lamentos? Costurar um botão, fazer um bolo gostoso. Deixar roupinha do maridão arrumadinha? Quem disse que a Amy deprecia a mulher? Quem disse que a Amy não pode ser vaidosa, linda e cheirosa e trabalhar fora e fazer essas pequenas coisinhas sem jogar na cara do marido ou namorado: olha como eu me sacrifico, faço tudo sozinha...
A Amy da minha vida foi minha avó. Com ela aprendi o valor de ser Amy. De aprender crochê em palitos de fósforo. Limpar a casa e ter a cor de esmalte mais linda nas unhas impecáveis: Zazá, da Colorama.
Na escola tive formação de Amy, na sétima série, aos 13 anos, numa disciplina chamada Técnicas Domésticas: ter aulas de etiqueta, saber montar cardápios, dobrar guardanapos, puericultura - cuidados com o bebê, costuras simples, barras de calça, bainhas, cerzir. Prender botões de 1, 2 ou 4 furos. Ponto Cruz. Ponto Russo. Pintura. Trocar resistência do chuveiro. Primeiros socorros. Jardinagem. Carpintaria. Manicure e pedicure. Maquiagem. Massagem. Orçamento doméstico. Culinária... Legal que os meninos participavam igualmente. Pois deveriam ser bons maridos e nós boas esposas. A professora Laura dava nota pelo cardeno. Meu caderno era lindo. Um álbum de Amy. Tudo anotado. Tudo colado. Cada dobra de guardanapo montadinha e colada no caderno-álbum. Assim como os modelos de pontos de crochê - que eu era exemplar, pois aprendi crochê com 6 anos, nos palitos de fósforo, lembram?
Sammy achava lindo ser Amy. O pai de Sammy reclamava que a mãe de Sammy não era Amy. Ela era confusa. As vezes era outras não. A mãe de Sammy não era Amy, quando por exemplo, Sammy era Amy e cuidava da irmãzinha, arrumava a casa e só podia brincar quando tudo estivesse pronto. A mãe de Sammy aprendeu a cozinhar bem depois de casada. O pai de Sammy sabia, pois era "italiano da colônia". O pai de Sammy também ensinou que Sammy precisava ser Amy. E com muito orgulho Sammy-Amy faz hoje a polenta legítima que aprendeu com o pai. E sabe escolher e apreciar vinhos.
Com muito orgulho Sammy-Amy, aos 11 anos foi ajudar a vizinha a fazer um bolo, que a vizinha de 26 não sabia. Sammy-Amy sentiu-se uma mulher de verdade. E assim Sammy é Amy até hoje. Odeia programas de TV, mas se estão passando uma receita, ou um truque doméstico, Sammy, ou melhor a Amy, para para prestar atenção.
As pessoas as vezes criticam, mas Sammy não é a Amy do samba de Mario Lago e Ataulfo Alves. Porque aquela Amélia, não tinha a menor vaidade. E Sammy é uma Amy vaidosa. Amy que limpa a casa com salto alto e delineador. Que não usa luvas para lavar a louça, mas que aproveita o tempo de mão na água para depois de tudo, dar uma lixadinha, cortar a cúticula e pintar.
Que faz tudo rapidinho, com eficiência e eficácia, para sobrar tempo às suas coisinhas, que inclui: trabalhar, esfoliar a pele com mel, ler um bom livro, brincar com crianças. Fazer geléia de morangos e hortelã. Namorar...rsrsrsrsrs.
Sammy, como diriam os "antigos" é uma mulher para casar... (e casou mesmo, duas vezes...).
Sem essa de dizer que para ser Amy, devemos ser servis, submissas e sem estudar.
Escutem, pessoas: É possível ser Amy sem ser Neura da Limpeza. É possível ser Amy, sem ser uma mulher assexuada, que não tem tempo para o marido, que trabalhou tanto que acabaou com o tesão (mulher?!!). É possível ser Amy trabalhando fora, sim.
Para as mais "feministas", pensem em ser Amy como ter um poder. Um poder de agregar ao seu redor a família, com sua paciência de boa Amy, suas comidinhas, seus agrados, seu sorriso e seu prazer em saber que quem você ama vê a sua Amyce como ato de amor.
Ser matriarca. Ai que tudo! Adoro isso. Faz parte de minhas heranças tribais celtas. Ser a Soberana, a Sacerdotiza, a Mulher plena: mãe, irmã, amante.
Deixar a Amy aparecer é deixar a natureza feminina transbordar. Alguém (padre, no mínimo) deve ter separado a natureza feminina em: mulheres destras (Amy) e mulheres sinistras (objetos sexuais). A Maldita mania de 8 ou 80. Por isso a pobre Amy Whinehouse está desse jeito. Deixou de ser Amy, para ser Whinehouse, Cocahouse, Crackhouse - qualquer coisa Drugshouse.
Oras, eu não aceito isso. Sou Amy Vaidosa. Amy Ambidestra, literalmente.
Amy que sonhava em ser militar.
Amy como a Amelia Earhart, da foto: uma mulher de verdade, cheia de vaidade.
Acessem o link dela (no nome, viventes, sempre no nome...rsrs) e saibam mais sobre essa mulher maravilhosa que ninguém sabe onde foi parar.
Entonces: encontrem a Amy, por favor!

Beijocas da Amy, ops, Sammy, com sabor de Geléia de Morango com Hortelã, torta de chocolate e cheirinho de lírios de jardim com alecrim e amaciante de roupas!!!!



domingo, 12 de abril de 2009

Quem sou eu? Quem somos nós? - Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter, Aninha!

Buenas pessoas amadas da Sammy, hoje é Páscoa. Domingo de Páscoa. Nada de presentes, nada de missa, nada de miserere nobis. Pode parecer estranho, pode parecer até desrespeitoso da parte de Sammy, mas se tem algo que não gosto é dos dias que antecedem a Páscoa, não o dia da Páscoa, entenderam?
Temos o hábito de buscarmos significados exteriores que possam nos tornar pessoas melhores. E isso inclui a religião. Seus rituais. Seus significados prontos. Essa coisa de Sexta-feira Santa faz mais mal que bem as pessoas. Observei o povo nas ruas. Todos com cara de miserere nobis. Cara de pecador arrependido. Arrependido de não ter dinheiro para pagar as contas, arrependido de ter filhos sem poder sustentá-los. Arrependido de escolher a carreira em vez do amor, ou arrependido de ter escolhido criar os filhos em vez de estudar. Arrependido de não ter dito. Arrependido de ter falado demais. Arrependido de estar acompanhado. Arrependido de ter optado pela solidão. Arrependido de não ter falado aquilo importante antes do outro partir. Arrependido de estar arrependido.
É muito arrempedimento, muita culpa (mea culpa, mea maxima culpa!) muito pecado guardado. Muita coisa. E ainda a gente olha e diz: e o cara morreu por nossa culpa. Valhei-me! Se Jesus existiu como dizem, duvido que ele permitiria que a gente ficasse com a culpa ad eternum, ad infinitum.
Esse negócio de culpa, de plantar culpa nas pessoas é nojento. É matar lentamente. Perdoem-me os mais cristãos, mas essa época do ano é excelente para renovar os contratos de culpa dos viventes. Excelente para se fazer de coitadinho(a), vítima, pecador(a) arrependido, para conseguir o que se quer: manipular o lado Jesus das pessoas. Oh, veja bem, passar a Páscoa sozinha, que lástima, que horror, que coisa vazia de significado...
Minha amada avó contava de como meu avô cultivava as tradições católicas. (Como bom descendente de espanhóis). Ele jejuava todas as sextas-feiras que precediam a Páscoa, durante a Quaresma. Cultivava o silência e orava. Tentava passar isso aos filhos. (nenhum fez). Não brigava e não deixava os filhos "aprontarem". Obviamente, minha avó lembrava aos filhos que sábado era santo, mas era Aleluia, e para nós netos ela dizia: espera que amanhã eu tiro a aleluia de vocês....rsrsrsrsrsrsrsrsr
Quando me manifesto sobre a Páscoa, de longe quero deturpar seu real significado. Eu a tenho com muito respeito, embora saiba que seu significado foi redimencionado pelos cristãos, por tratar-se de uma comemoração judaica, e com adereços do amado paganismo: a fertilidade, o renascimento, as colheitas, a prosperidade, representados pelos ovos, coelhos e demais elementos da natureza.
Para Sammy ela é significado de recomeço, de ressurreição de fato. A segunda quinzena de abril sempre marca os recomeços reais de Sammy. O maior deles foi o nascimento de minha filha, prematura em 31 de março, nascida numa quarta-feira, que na Sexta-feira Santa daquele ano de 1999, num dia horrível miserere nobis, estava entre a vida e a morte, mais morte que vida. Dia nefasto, pesado, com a Sammy atravessando a via crucis, tentando descobrir o porquê.
Nesse momento a fortaleza é o que mais vale. Nesse momento se queremos de fato aceitar o que nos é ofertado pelo destino, por Deus, pelo Murphy, pelo "Acaso", devemos encarar. O que restava a Sammy?
Restava enxugar as lágrimas, ir para a CTI NeoNatal e ter uma conversa de "homem para homem" com aquela criaturinha dentro da incubadora, que conseguia se extubar sem esforço. Falar para ela que nascer não é fácil, que a vida não seria fácil. Que eu pedia perdão a ela se a fiz passar por tormentos, mas que eu a amava. E assim, a menina da incubadora escutou com 23% de saturação de O2. E assim o sábado foi de aleluia, com ela estável. Mas domingo seria Páscoa... E se era Páscoa, as pessoas ressucitam. E com esse pensamento Sammy levantou da cama do hospital, as 6 da manhã, esperando que a pequenina recussitasse. E ela estava lá: sem tubos, respirando sozinha. De fato, o milagre aconteceu. E no dia 15 de abril Sammy levou seu fagotin rosa para casa.
Entonces, eu falo isso tudo, porque esta postura de pobre diabo, de misere nobis, não tem nada a ver com Páscoa, pô!
Tem a ver com renascer, ressurgir, deixar morrer o velho, começar de novo.
Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter.... (Para você Aninha de Poa).
Sobre o Jantar Bruxônico:
A carne na Coca-cola, receita de um tal gourmet argentino que Bruna descobriu não sei onde, estava ótima. Torta de bolachas, vinho, música, sorrisos.
Jogamos "Stop". Sairam muitas pérolas, claro, as loiras do grupo, Jana e Cida, conseguiram escrever: cor com letra Q = Querubim (Ãããnnn?!!!!). Carro com R = CoRsa ( Rorsa???). Flor com Z = Zérbera (Cramento! Porco Zio!). E a campeã: animal com J ( Sammy escreve Jiboia, Cida e Jana surtam afirmando que : não guria, Jiboia é com G. Bruna em meio as panelas ainda reitera: suas loiras, é com J e agora de acordo com as novas regras da língua portuguesa não tem mais acento. Certo Namu????). Cida pede: tem cigarro com F? ( Sim ela fuma Free, minha gente, com a carteira do lado) Jana pede: gente, ajuda, cigarro com M? ( Sim tinha duas carteiras de Marlboro na mesa...) Risos homéricos....
Despues, Jana, Bruna, Aninha de Poa, e Sammy, dormiram, na casa de Bruna. Capotamos.
A casa, ou melhor apartamento realmente é mal assombrado. Por estranho "acaso" Jana também viu uma mulher lá parada do lado da cama, olhando ela. Aninha, Sammy e Bruna sonharam com sufocamento. Que estávamos sendo sufocadas. Acordamos sem voz, sem ar.
Bruna descobriu revistas Play Boy no banheiro do quarto do filho de 4 anos anos. Ficou indignada. (Por que, Meu Deus?).
Jana consegue ficar com a boca da Angelina Jolie, graças a um pingo de óleo quente de um bolinho de bacalhau que a sogra havia feito. (E pelo visto, Jana não esperou esfriar para comer e a sogra não escorreu o óleo... ecaaaaaaa).
Na sexta-feira eu e Bruna limpamos o ap dela, depois a minha casa. Estávamos exaustas, de tanta faxina. Mas mesmo assim saiu: sobrancelha da Menina Julia, unhas postiças, sobrancelhas da Menina Amanda, unhas de Cida, Unhas de Sammy, unhas de Bruna, no sábado unhas de Aninha de POA.
O quase ex, seilá se vai ser mesmo ex-marido de Bruna deixou o Corsa com ela com um repertório de músicas horríveis. Músicas?!?!?
Fui tentar manobrar aquilo, minhas pernas não cabiam, bati joelho, não conseguia arrumar os espelhos, parecia um carro de pigmeu. Desisti. Preciso de espaço: pernas confortáveis e sem ter que me abaixar para ver os espelhos. nem no meu antigo Fusca 1966 original azul petróleo eu ficava enlatada, pô!)
Aninha de Poa e Bruna reclamaram que eu reclamei dos modos de dirigir, no sentido, não freia tão rápido, não me joga no vidro pra fazer a curva. Ambas foram categóricas: xiiiiiii, ela deve dirigir igual ao Bonitão, ou seja, uma lesma.... (Lindo Tudo, elas falaram isso mesmo. Disseram que você deve levar 1 hora a mais para chegar em qualquer local. Eu disse que você é susse, mas elas disseram que não...Tentei defender, apelando para direção defensiva, mas Bruna argumentou que: nunca bateu o carro, apenas os outros que as vezes batem nela, e que geralmente dirigem na mesma lesmice....rsrsrsrsrs) - Contei.
Entonces, passamos a tarde de hoje Eu, Bruna e Aninha. (O Pedrinho e o pappys dele estavam em Floripa e devem estar chegando nesse momento). Fizemos coisas, pedimos conselhos umas as outras, relaxamos e querem saber? Fomos tomar chimarrão no parque deitadas embaixo das árvores. Até cochilo saiu. Levamos a Aninha para a Rodoviária, mas antes encontramos Cissa, minha prima, toda paramentada de Esporte Clube Juventude ( ela trabalha lá), o Estádio é próximo da Rodoviária. Batemos papo sobre papo, papada etc. Aninha zarpou, ou melhor, subiu no ônibus.
Na foto: Bruna, de blusa vermelha e Aninha de Rosinha. Em pose: estamos esperando o tempo passar até que seja o horário do ônibus.
Bruna me deixa em casa para esperar a família.
Cá estou eu, escrevendo o Blog.
Preparando-me para a semana. Semana cheia, claro...

Bjussss de ressurreição, abaixo os miserere nobis!!!!!!!




segunda-feira, 6 de abril de 2009

Marley And Me...


Olá Pessoas Amadas.

Hoje o dia foi muito esquisito.
Começarei pela manhã. Não dormi muito bem a noite não. Sonhei que estava salvando pessoas em escombros. No início estava sonhando com meus sonhos de guerra, num momento contarei sobre eles. Depois havia um terremoto, e eu estava tirando pessoas sujas de terra e cimento. O lugar tinha cheiro de metanol. Eu estava atormentada por achar que aquilo ia explodir. Mas não estava só. Alguém estava comigo e me ajudava.
Acordei com cansaço físico. Parecia que de fato eu trabalhei durante a noite.
Entonces, faço meu ritual de sempre pela manhã: dou bom dia ao Max, ligo a TV para assistir ao Bom Dia Rio Grande. Qual foi a primeira notícia que escuto? Terremoto na Itália.
Coincidências a parte, confesso que fiquei chocada. É muito comum eu sonhar com coisas do gênero.
Trabalhei pela manhã e aguardei a Bruna, que hoje está de aniversário.
Fomos almoçar no Fofo Doce Marina: Jana, Cida, Bruna e Sammy.
Bem bacana, a atendente simpática perguntar se eu era a líder da Gangue. (kkkkkkk).
Mesinha reservada, Jana chega com flores, que não eram para a aniversariante e sim para uma amiga da Universidade - que mico, Jana não sabia do níver da Bruna... (não lembrava, porque eu tinha falado semana passada).
O Ex marido de Bruna, agora é Ex- sei lá quando- marido de Bruna. Levou ela Jantar essa semana, deu presentes, comprou presentes pro filho - errou o número, comprando roupas e calçados para criança de 2 anos, e o Pedrinho tem 4 com corpinho de 6. Ia perder o título de Framboesa de Ouro, mas deu Red Bull pro menino, que ficou elétrico no sábado todo, dia da tortelada.... kkkkkkkk.
Entonces, Cida, pra variar chega atrasada. Apelidei ela de Afrodescendente polaca, porque deve ter um gene de loira naquele ser.
Merece aqui um parêntese para dois casos de loirice:
1) Jana - na véspera da minha mudança, ainda no ap vazio, foi comprar cerveja no postinho para nossa janta de China In Box. Chegou com Long Necks e solta a seguinte pérola: Guriasss, e agora, não temos abridor de garrafa..... (kkkkk)
2) Cida - nessa semana que passou, deu vários toques no meu celular. Eu respondia, ela não falava, não atendia. Ela ligava eu atendia ela caia. Deu toques na Bruna que também retornava e ela não falav. Depois de uns 50 toques, enquanto eu e a Bruna estávamos histéricas achando que ela poderia estar em perigo, tentando pedir ajuda, recebo a seguinte mensagem: (horas depois) Estou na chácara com a Míriam. Ok. Ela se gavou que a Míriam tinha me convidado, que tinha meu vinho predileto, Casillero Del Diablo - Concha Y Toro, e que não conseguiu falar comigo, que tentou, me dando toques. Aí eu surtei: e disse mas eu retornei, pouha! Ela com o sorriso brejeiro e loiro solta a pérola: Quando meu celular está sem bateria, ele só dá toques, eu não consigo ligar nem receber chamadas....
Eu pergunto: Como eu ia conseguir falar com ela se o celular não tinha bateria? Por que não usou o da Míriam? Loira!!!!!!

Ritornello.
Entonces a Cida chega. Estamos nós quatro, lindas, como sempre. No final do almoço, Bruna recebe parabéns a você cantado, com torta de morango moreno lindinha.
Jana precisa ir a Universidade, Sammy precisa ir ao médico. Consulta de SUS. Marquei em fevereiro, veio agora. Beleza, veio rápido.
No entanto, descobri ao chegar no Hospital, que havia umas 40 pessoas com a consulta as 13 horas. A Cida fica comigo. Bruna vai trocar de carro, porque o Ex-talvez, não sabemos mais-marido da Bruna, precisa viajar com o Palio.
Eu e Cida sentimos a atmosfera fantástica do consultório. E o médico não chama, não chama, e para não passar o vespertino lá, desmarco e para marcar devo ir lá novamente, em outro horário...kkkkkkk
Voltei para casa, fui fazer minhas coisinhas.
Jana entra no msn e diz: Vamo no cinema da UCS hoje?
Entonces vamos, oras.
Bruna vem me buscar antes do curso dela. (Parece que tem um professor Tudão por lá também...rsrsrsrs. Acho que estou influenciando o gosto da Namu. Lógico que não deve ser tão tudão, porque Professor Tudão Severo só tem um, né?)
Aguardo Jana e lembro da loirice dela. O combinado era: nos encontramos no Centro de Convivência Universitário. Porém a UCS é uma Cidade Universitária, e provavelmente a Jana estaria me procurando na Galeria, pois é nova e não sabe que o centro de Convivência não é a Galeria de Alimentação e Bancos, e sim o Prédio do DCE, da Livraria, do Restaurante.
Ainda bem que a amiga Kelli estava junto dela, e lembrou desse detalhe. Ela me encontrou.
Certo: o filme - Marley And Me, lindo. Alunos tem desconto. Jana obtém de forma sigilosa o crachá de uma pessoa de nome Edna do Laboratório. Tudo para a Sammy ganhar desconto. ( Na minha opinião foi uma apropriação indébita, passível de pena, de acordo com o Código Penal, mas ela vai devolver...rsrsrsrs).
Aí, vamos comprar os ingressos, escolhemos as cadeiras. não precisei ser a Edna não. Na segunda-feira, existia um cartaz assim:
Promoção: Na compra de um ingresso leve um acompanhante.
Adoro escrever, adoro palavras e chamei as meninas para observarem o cartaz.
Não deu outra. Nós todas imaginamos a compra de ingressos, e depois a gente olhando homens lindos numa vitrine, para escolher o acompanhante que vinha de brinde.
Mas não era isso.
Era pague um ingresso e ganhe outro.
Logo, virei acompanhante da Jana. Ou seja, de Namu da Bruna, passei a Namu da Jana, não precisei ingresso, e muito menos de ser a moça Edna do Laboratório de Biotecnologia. As vezes, sinto-me um agente secreto usando identidades falsas (lembram a aula do Tudão, eu e Bruna éramos psicólogas, já fui advogada e por aí vai... kkkk)
As poltronas eram numeradas e resolvemos sentar no fundo. Estava vazio, mas Murphy entra em ação. Que mico. Uma turma de mulheres com cara de professora municipal aposentada, ou esposa de professor universitário sexagenário, veio ao nosso encontro e falaram a mim: Moça esse número aí é o seu? Ora, por que para mim, não para a Jana ou para a Kelli? Por que Meu Deus? Ah, eu sou a líder, esqueci. kkkk Respondi: Não sei meu número, é numerado é? Desculpa, achei tão pequeno que nem observei.... e saí de fininho.
Nem precisávamos ter pago ingresso, ninguém pediu. Segunda que vem, poderíamos tentar entrar sem pagar. rsrsrsrsrs. A Jana que é a delinqüente, bem provável que segunda a gente entre sem pagar.
Gente como é bom se divertir assim.
O filme foi lindo.
Começa com Palm Beach ao som de R.E.M - Shinny Happy People, músicas velhas, conforme a Jana. Rimos e depois choramos muuuuuiiiitoooooooooooooo.
O filme é interessante. O cara ganha a vida contando o cotidiano dele numa coluna de jornal com toque de humor. Gente! Eu faço isso. Ajudem-me a virar colunista de jornal.
Lembrei-me de minha Dog Alemão, de como ela lambia os pezinhos de minha filha recém nascida, de todas as plantas que ela destruiu, de passar protetor solar nela, spray prata nas feridas e machucados. (A propósito, Neto, meu amigo, você que é veterinário, poderia me dizer a composição desse Spray Prata? Estou pensando em comprar para meu uso, nas picadas de borrachudos....) De como ela babava. De como era lindo passear com ela e todo mundo: OOOOOOOHHHHHHHH.
De como alguém pode vir na maior cara de pau dizer que, durante a separação ela levou um tiro de 12 na testa, assim, do nada....
Pois bem, recomendo o filme, muito lindo.
Bom para relembrar que precisamos cuidar de quem amamos, aproveitar a vida e novamente caio no mesmo assunto: dar chance ao amor.

Buenas, Max está aqui, brincando de peão com uma mariposa. Só de olhar ela girando no chão eu fiquei tonta. Ela parece um motorzinho. Pensei em acabar com a agonia dela com uma havaianas. Mas a cara do Max de diversão não permite que eu acabe com ela, com uma eutanásia.

Ah, antes que eu esqueça, estou com sono, acabei de tentar acender um cigarro com o pendrive...kkkk. Salvei a Cida de suicídio. Ela ia fazer vacina da febre Amarela. Eu disse: Cida, você não fez ela, anos atrás, na empresa? Ela retruca: Acho que sim, por quê? Tem problema se fizer de novo???Não lembro.... (Loira!!!!!!!!!)

Boa Noite a todos!
Bejussss Migasssssssss.




domingo, 5 de abril de 2009

Eu Amo Göethe! Amar é tão simples, por que complicar? Por que sofrer?



Domingo, temperatura amena, cá está Sammy, vestida como índio, de palinha de lã, tranças e brincos de pena, sentada, como índio, na sala escrevendo o post da noite. (Bem linda por sinal...rsrsrs. Preciso ganhar dinheiro com esse lance de ser Cover da Priscila BBB9).

Mas vamos ao que interessa. Hoje estou inspirada, estou ainda com a sensação boa de estar feliz. E estou. Embora tenha ouvido de pessoas amigas, e outras, asneiras sobre Amor e sobre Amar e Ser Amado(a).

Primeira coisa: só sabe de fato o que é Amor, quem de fato já sentiu o Amor. Quem nunca viveu o Amor, não pode falar. Pode achar que sabe. Amor é recíproco. Sempre. Essa história de um amar e outro não amar, não é amor.

Nesse post serei cruel. Posso falar sobre Amor, por eu ser uma Criatura amorosa por natureza. O amor faz parte da minha essência. Tudo o que faço, faço de forma amorosa. Tudo mesmo. Desde arrumar minha cama pela manhã, cheirar os lençóis limpinhos. Com amor coloco flores no quarto, lavo minha louça, cuido do Max. Com amor preparo meu café. Com amor inicio meu dia e coloco música. Com amor penso nos problemas. Com amor penso no amor. Penso em quem não volta mais, em quem um dia irá voltar e em quem voltou, assim de repente, sem aviso e ocupou meu amor.

Com amor adoro o blablabla das meninas, adoro o carinho da Menina Amanda cuidando do meu Neopet Marwin Morgan. Com amor escuto, falo, canto, danço. Com amor escrevo.

Ora, nada de ser piegas. Quem de fato ama, sabe que amor é algo que se realimenta. Quanto mais se tem, mais se consegue. Quanto mais se dá, mais se recebe.

Amor não envolve cobrança, não envolve posse. Ah, maldita posse. Amar é SER e não TER.

Eu não tenho um amor. Eu sou o meu amor. Eu não tenho uma pessoa. Eu sou, eu estou com a pessoa. Eu não tolho suas asas, ao contrário, trato de seus ferimentos devido as gaiolas douradas por onde passou, como um pássaro raro de canto lindo, que acabou por ser guardado e mostrada a todos, intocável. Eu sei exatamente o que é uma gaiola dourada. A gaiola da ilusão. Chega um ponto que o pássaro raro de canto lindo, pega-se com a gaiola aberta, e acaba não mais saindo, pois suas asas não voam mais. A Ilusão de que estar preso ou prender é amar... Ilusão. Coisa nefasta de espíritos pobres e infelizes, que não percebem que ser digno de amor é uma qualidade rara. Coisa nobre. Geralmente quem valoriza o amor não exigente, mas carinhoso e preocupado, são pássaros feridos. Pássaros abandonados, que se bastavam por seu papel na Gaiola Dourada, que tentaram a todo o custo achar que aquilo era vida. Enfeitando a Gaiola e compondo cantos novos para agradar o dono. Tentando assumir a culpa pela falta de amor do outro. Tentando amar pelos dois.
Mas Amor é coisa que a gente precisa ter para dar. É receber do parceiro, aumentar a aposta e ele cobrir. É apostar todas as fichas. E saber que se perder o outro ganhou e dividirá as fichas com você, para começarem a apostar e cobrir as apostas de novo.
Sem culpas. Sem desculpas.
Arthur da Távola já comentou, certa vez, sobre sintonia. E dizia que a perfeita sintonia, a amorosa, é algo que não precisa ser explicado. Ninguém pode dizer: você me ama quanto? Não tem como medir isso. Tem como explicar através dos atos e de metáforas, que somente a arte explica. É muito honesto alguém dizer que ama como um sorvete de morango. Simples, poético, claro e imenso. E, falando nisso já dizia Goethe: Quem não considera os defeitos do ser amado como virtude, não ama.

Entonces porque as pessoas querem enquadrar o sentimento e enquadrar o suposto ser supostamente amado numa suposta Gaiola de Felicidade, feita de suposta realidade??

Fica aqui o xingamento de Sammy a todos os possessivos, pessoas egoístas, que não entendem que o "outro" não é sua propriedade.
Fica também o xingamento aos "outros" que se permitem viver em Gaiolas Douradas, porque dizem que estão adestrados, ops, acostumados com a situação e tem medo de voar sozinho, de conseguir alimento sozinho, ou de conseguir um Anjo Bom que lhes dê o que lhes falta até que suas feridas cicatrizem, sem gaiola. Sem coleiras. Sem plaquinhas. Basta se desvencilhar da Gaiola.
Fica aqui o xingamento a quem não acredita no Amor.
Fica o xingamento a quem acha que ciúmes e controle da vida alheia são provas de amor.
É preciso sim, que este lado da vida esteja em ordem, para que todo o resto funcione e siga seu curso em equilíbrio, afinal "sem amor, eu nada seria", e nem você, leitor do Blog.
Logo: coloquem amor em suas vidas, e parem de arrumar desculpas para não amar. Parem de arrumar desculpas para continuarem dominados por paixões avassaladoras e castrativas da alma.
Amor é profundo.
Se compara as águas profundas do oceano. Olhando, você vê a calmaria. O tumulto ocorre na beira da praia, no quebrar das ondas. Onde não tem onda, onde é calmo... Lá sim é profundo.
Se você ainda tem dúvidas se é amado ou não, é simples, para responder a indagação primeiro olhe e veja quem de fato você é: você consegue ser você mesmo? A pessoa ama você ou seu holograma? A pessoa tolhe? Prende? Controla? ou A pessoa apenas quer saber se você está bem, sorri com seu sorriso, dá colo no seu infortúnio. Não condena, e deixa você chorar?
Eu poderia escrever um monólogo sobre o amor.
Mas o recado está dado.
"Que seja eterno, enquanto dure."
Não se trata de um pessimismo, e sim de aproveitar o amor, pois não sabemos se estaremos aqui amanhã.
Eu mesma não sei se voltarei a escrever aqui amanhã.
A vida prega peças, no decorrer da Roda da Fortuna, e se for para eu partir que seja amorosamente. Com a consciência de que amei muito, e fui amada. Com amor em meu coração. Com amor para um amor.
Amor não dói. É mentira isso de sentir um aperto, uma coisa ruim de tanto amar.
Amor cura, não faz doentes.
Doentes são os que dizem sofrer por amor, mas nem chegaram perto do que é amor. Pois não falariam essa asneira sobre algo tão sagrado.
Amor é bom.
Não quer o mal, não sente inveja ou se envaidece...

Uma boa semana a todos...


“Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda a sorte de incidentes, encontros e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse em sua direção. Qualquer coisa que possa fazer, ou sonhe que possa fazer, comece a fazê-la agora. A ousadia tem em si genialidade, força e magia.” (Göethe)






sábado, 4 de abril de 2009

Intermezzo: Anima Mia, Gràcia Plena!

Nossa, como o tempo passa rápido. Tão rápido que percebi que fiquei uma semana sem postar.
Ser bruxônica é muito bom. A gente no início tem medo de saber as coisas antes delas acontecerem, medo de ser estranha, esquizóide. Medo de saber o que estão pensando. Medo de tirar o Tarot e saber algo que talvez não seja bom.
Mas estar conectada a si mesma e à natureza. Ser uma sacerdotiza da Grande Mãe, é uma dádiva.
E não falo de coisas místicas, nem de modismos supostamente Wiccans. Falo de ser mulher plena. De simplesmente ser representante da Grande Mãe Terra, sem diploma. O Diploma é dado por Ela, ao longo dos milênios.
Ah, quando se está assim, se sente o cheiro da chuva há quilômetros. Como hoje. Fiquei a esperar por ela: a chuva. E saí para o jardim com a desculpa de recolher roupas do varal, para abrir os braços e honrar a chuva e seus raios. Honrar o vento e a grama molhada sob os pés. Honrar a aranha noturna, mensageira de esperança e boas novas. Honrar meu pequeno Guardião Max, que já secou minhas lágrimas com lambidas amorosas no rosto, e hoje acompanha a Sammy Bruxônica no banho de chuva, ao lado, lambendo a água em seu corpinho frágil e macio. Chuva bendita que limpa a alma. Limpa a Anima.
Anima Mia, Gracia Plena - trocadilho de Sammy à famosa oração católica, que significa: Minha Alma Cheia de Graça!
Cheia de Graça ao perceber que as respostas estão sempre a disposição. Basta um olhar treinado. Que coicidências são formas de nos conduzir a um caminho. Que o Espírito da Grande Mãe é justo, bom e amoroso. E nos dá tudo, basta momentos solitários de entrega a si mesmos.
O silêncio fala. A música reitera. A voz que cala, está ouvindo e se escuta, compreende e aprende.
Esses momentos de transformação de passagem devem ser apreendidos na Anima. Aproveitar a viagem vale também para as mudanças. Não se trata apenas de se chegar ao destino e sim aproveitar a beleza do intermezzo.

Bello intermezzo: Isso vale para tudo na vida!

Vale aproveitar o olhar antes do beijo.
Vale aproveitar a paisagem antes da chegada ao destino.
Vale aproveitar a companhia antes da partida.
Vale aproveitar o cheiro do manjericão com tomate antes de degustar o repasto.
Vale aproveitar o aroma do vinho e a sensação da sua leveza no cristal antes de levá-lo aos lábios, e quando levá-lo, vale aproveitar a carícia de sua textura e sabor na língua antes de sorvê-lo completamente.
Vale aproveitar os anos que temos por vir antes do fim.
Vale aproveitar o tempo em ouvir para depois falar.
Vale aproveitar a entrega, o desejo, antes de ocupar um coração.
Vale sentir cada detalhe, que tornará o tempo maior.
Vale ter a distância como um motivo de não se sentir só, pois se prepara para um grande reencontro, cada vez melhor que o anterior.
Vale aguardar calmamente o destino e seguir seus sinais, suas coicidências.


E quando observamos nossos sinais, veremos que tudo está como tinha que ser.
Que a calmaria é sinal de equilíbrio.
Que o tumulto só é necessário, quando precisamos dar voltas de 90º, 180º, 270º, 360º... Ou inverter o spin.

O intermezzo é a coisa mais linda que podemos presenciar e viver.

Aos amigos, dedico a música que estava escutando no momento em que a chuva caia: Cavalleria Rusticana -Intermezzo, di Pietro Mascagni .(clica no nome, vivente! é um link! rsrsrs)

A minha Isadora, filha amada, que completou 10 anos no último dia 31, desejo que nosso Intermezzo seja prenúncio de um Grand Finale.

A alguém especial, que compreende cada vírgula do escrevo, digo apenas: Em Suma... Te quiero....(Sem crise, mas cheio de manha. rsrsrsrs)

Um Bom Domingo a Todos!