sábado, 4 de abril de 2009

Intermezzo: Anima Mia, Gràcia Plena!

Nossa, como o tempo passa rápido. Tão rápido que percebi que fiquei uma semana sem postar.
Ser bruxônica é muito bom. A gente no início tem medo de saber as coisas antes delas acontecerem, medo de ser estranha, esquizóide. Medo de saber o que estão pensando. Medo de tirar o Tarot e saber algo que talvez não seja bom.
Mas estar conectada a si mesma e à natureza. Ser uma sacerdotiza da Grande Mãe, é uma dádiva.
E não falo de coisas místicas, nem de modismos supostamente Wiccans. Falo de ser mulher plena. De simplesmente ser representante da Grande Mãe Terra, sem diploma. O Diploma é dado por Ela, ao longo dos milênios.
Ah, quando se está assim, se sente o cheiro da chuva há quilômetros. Como hoje. Fiquei a esperar por ela: a chuva. E saí para o jardim com a desculpa de recolher roupas do varal, para abrir os braços e honrar a chuva e seus raios. Honrar o vento e a grama molhada sob os pés. Honrar a aranha noturna, mensageira de esperança e boas novas. Honrar meu pequeno Guardião Max, que já secou minhas lágrimas com lambidas amorosas no rosto, e hoje acompanha a Sammy Bruxônica no banho de chuva, ao lado, lambendo a água em seu corpinho frágil e macio. Chuva bendita que limpa a alma. Limpa a Anima.
Anima Mia, Gracia Plena - trocadilho de Sammy à famosa oração católica, que significa: Minha Alma Cheia de Graça!
Cheia de Graça ao perceber que as respostas estão sempre a disposição. Basta um olhar treinado. Que coicidências são formas de nos conduzir a um caminho. Que o Espírito da Grande Mãe é justo, bom e amoroso. E nos dá tudo, basta momentos solitários de entrega a si mesmos.
O silêncio fala. A música reitera. A voz que cala, está ouvindo e se escuta, compreende e aprende.
Esses momentos de transformação de passagem devem ser apreendidos na Anima. Aproveitar a viagem vale também para as mudanças. Não se trata apenas de se chegar ao destino e sim aproveitar a beleza do intermezzo.

Bello intermezzo: Isso vale para tudo na vida!

Vale aproveitar o olhar antes do beijo.
Vale aproveitar a paisagem antes da chegada ao destino.
Vale aproveitar a companhia antes da partida.
Vale aproveitar o cheiro do manjericão com tomate antes de degustar o repasto.
Vale aproveitar o aroma do vinho e a sensação da sua leveza no cristal antes de levá-lo aos lábios, e quando levá-lo, vale aproveitar a carícia de sua textura e sabor na língua antes de sorvê-lo completamente.
Vale aproveitar os anos que temos por vir antes do fim.
Vale aproveitar o tempo em ouvir para depois falar.
Vale aproveitar a entrega, o desejo, antes de ocupar um coração.
Vale sentir cada detalhe, que tornará o tempo maior.
Vale ter a distância como um motivo de não se sentir só, pois se prepara para um grande reencontro, cada vez melhor que o anterior.
Vale aguardar calmamente o destino e seguir seus sinais, suas coicidências.


E quando observamos nossos sinais, veremos que tudo está como tinha que ser.
Que a calmaria é sinal de equilíbrio.
Que o tumulto só é necessário, quando precisamos dar voltas de 90º, 180º, 270º, 360º... Ou inverter o spin.

O intermezzo é a coisa mais linda que podemos presenciar e viver.

Aos amigos, dedico a música que estava escutando no momento em que a chuva caia: Cavalleria Rusticana -Intermezzo, di Pietro Mascagni .(clica no nome, vivente! é um link! rsrsrs)

A minha Isadora, filha amada, que completou 10 anos no último dia 31, desejo que nosso Intermezzo seja prenúncio de um Grand Finale.

A alguém especial, que compreende cada vírgula do escrevo, digo apenas: Em Suma... Te quiero....(Sem crise, mas cheio de manha. rsrsrsrs)

Um Bom Domingo a Todos!











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