quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quem vive de passado é museu... Oieee Museu!!!!!




Estava Sammy pensando sobre a dificuldade que as pessoas, de modo geral, têm em se desvencilhar do passado.
Surgem então dúvidas na cabeça muito pensante de Sammy: por que as pessoas têm essa dificuldade? Por que isso seria bom ou ruim?
Nós somos crianças espirituais, e como tal, ousaria dizer que ainda na primeira infância. Aquela egóica, na casa dos 6 ou 7 anos, em que temos a doce ilusão de que o tempo passa devagar demais, que todo mundo se preocupa conosco, que a teoria heliocêntrica é fantasia, pois o mundo gira ao nosso redor.
Assim, a criança se apega as suas "coisinhas". Seus brinquedos, suas referências. O além do portão de casa ou das vistas dos pais, é um universo assustador, contudo atraente.
Sammy conclui, entonces, que o apego é sinal de que somos crianças, ou seja, apego é sinônimo de imaturidade.
Partindo dessa idéia, poderia dizer que o apego atua negativamente em nós. Impede a evolução, o novo, o fluir da lemniscata da vida, já citado em postagem anterior.
Precisamos exercitar esse desapego. Deixar a vida correr. Lembrar que eternidade significa retorno ad infinitum. Que ao ficarmos ocupados com questões que já foram, deixamos de dispor energia e atenção as novas coisas. Ficamos limitados.
Museus servem para as gerações futuras, cujo valor maior dado as coisas é no mínimo um respeito, uma curiosidade, um riso de comos as coisas eram. Essa é a realidade. As coisas que passam deixam marcas, lembranças, mas vão desbotando, pois o tempo é parte da lemniscata, e o esquecimento é necessário para o novo. A experiência fica registrada.
Para finalizar, seria interessante que certos passados e passadas, acostumados a, por exemplo, visitar diariamente os Orkuts alheios, a fim de se fazerem presentes na vida de outrem, num total desrespeito as escolhas do outro, insistindo em serem importantes, agindo como fantasmas de museu, lessem esse post.
Sim, esse post foi dedicado a você mesma...

Abraços da Sammy.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bruxaria e Realeza, por um Nobre Cavaleiro...

"A feiticeira fita os olhos do homem. O olhar dela é firme, curioso e atento. Mas ele percebe sua surpresa, pouco acostumada a ser encarada tão intensamente, sem medo ou raiva ou desprezo. E ela vê ali um poder e uma realeza que não esperava encontrar.
Cercada de dragões, a bruxa vivia em sua cabana, em meio à floresta densa, afastada do mundo louco que não a compreendia. Acostumada à solidão, por vezes indagava-se: estarei destinada a jamais ser entendida ou aceita? Não posso ter uma vida normal? Mas ela sabia as respostas para seus questionamentos. Sabia de suas responsabilidades, sabia quem era e o que era. Sabia que não estava destinada a se alinhar com os comuns, que devia apenas proteger-lhes as cabeças incautas, exercer seu papel de guardiã secreta, em sua longa batalha contra o mal do mundo, do qual ela mesma já fora parte.
Entretanto, mesmo poderosa e sabedora de si, sentia-se muito só e, por vezes, perdida. Então, foi natural a surpresa que a acometeu ao encontrar aquele homem. Um homem que não a temia. Um homem que falava com ela como um igual, entendendo-a, respeitando-a. Um homem que olhava dentro de sua alma e a via como ela realmente era. Um homem que lhe transmitia confiança, segurança, compreensão e serenidade.
Sua atração foi natural. O magnetismo de ambos era forte e isso os aproximou. Ele encantou-se com a intensidade, a inteligência, a beleza e o humor dela. Aqueles olhos escuros o atraiam e lhe falavam da vida e do mundo, de luz e de trevas, de força e sensibilidade. A voz dela era um bálsamo; seus lábios, um convite irrecusável; sua pele, um delicioso passeio sensorial. Ela, por sua vez, viu-se segura e feliz ao lado dele, que a fazia rir e se sentir protegida, dava-lhe carinho e lhe despertava o desejo. E, nos braços firmes dele, ela encontrou paz e redenção, conforto e entendimento, companhia e prazer, calor, proteção e carinho.


Um reencontro, um gosto de saudade, uma pausa na batalha. Um momento importante para ambos, um marco, um ponto de transição. O que foi achado não mais será perdido, não importa por que caminhos siga o futuro deles. Ela se tornou para ele conselheira e aliada, proteção, compreensão, inspiração. Ele se tornou para ela guardião e refúgio, luz e calor, aliado e confessor, o fiel de sua balança, tão pendente entre luzes e trevas. Ela encontrou nele a realeza buscada e esperada e, por isso, abençoou-o e lhe devotou seu serviço. Ele viu nela a majestade e a soberania das verdadeiras filhas da terra e a admirou e respeitou por isso, reconhecendo-a como a poderosa feiticeira de seu reino, seu oráculo e repositório das coisas perdidas e esquecidas, sua protetora e protegida, sua dama delicada e mais sanguinária guerreira. Agora, selada a aliança, nada mais será igual no futuro do reino."

( Paulo Eduardo M. Ferretti )

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Lemniscata da Vida: Eppur si muove!!!!!



A Roda da Vida vai girando, girando, girando...
Você é capaz de reconhecer os seus ciclos? Os ciclos de sua vida?
Nascer, viver, morrer, nascer, viver, morrer...
Tudo é cíclico.
Não se trata de misticismo e sim da mais pura matemática.
Nada dura eternamente, existem limites.
As coisas tendem a um limite, sempre.
O Eterno nada mais é que um limite ao infinito.
Eis aí a lemniscata ∞, famoso símbolo matemático do infinito, mostrando que o infinito é na verdade uma volta ao começo.
Alguns estudiosos na área de Administração comentam que um homem de negócios com sucesso deve fazer o que gosta e o que sabe. E descobre isso retornando a sua infância e as coisas que o fascinavam.
Isso é voltar na lemniscata da vida.
Dizem os espiritualistas que o sofrimento deve servir de aprendizado, a fim de que evitemos novos sofrimentos, ou seja, voltamos novamente ao ponto em que sofremos, reconhecemos a semelhança dos fatos e evitamos novo sofrimento.
Eu concordo com isso, pois senão seríamos muito idiotizados aceitando um sofrimento gratuito. (Coisa que muita gente faz, justificando o sofrer sem noção com a religião...)
A lemniscata da vida, voltando a um ponto anterior.
A ciência não faz novas descobertas, apenas explica o que existe da melhor forma possível. Faz parte do pensamento científico a analogia e as probabilidades são, em verdade, hipóteses baseadas no conhecido até então. Novamente, se volta ao passado para entender o presente e prever o futuro.
Assim, tudo é cíclico.
Parei para pensar por que as pessoas não são eternas em nossas vidas.
Errei a premissa. Pois elas são eternas. Por isso elas tendem ao infinito, ou seja, vão e voltam deslizando sobre a lemniscata.
Quando nos deparamos com algo ou alguém que nos dá impressão de ser eterno, no sentido de para sempre, fique atento: existe algo errado no seu pensamento.
Para sempre significa que sempre vai voltar, o que difere muito de nunca sair do lugar. De nunca sair da sua vida.
Tudo que é estanque, que não se move, que não flui na lemniscata, é prejudicial, pois impede que o Universo se mova. Impede os retornos e as saídas necessárias. Impede a tão sonhada evolução.
Existe diferença entre um bando de homens bebendo e gritando num Pub ao som de "pagode" e de bárbaros bebendo e gritando numa taverna???
Existe diferença entre morrer de trabalhar e gastar sua energia assistindo a uma competição num coliseu, ou morrer de trabalhar e ir fanaticamente torcer pro Grêmio no Olímpico?
Existe diferença entre sofrer o jugo da monarquia, do Estado Absolutista, trabalhando num feudo e entregando tudo a Santa Igreja e ao Rei; e sofrer o jugo da falsa democracia, do falso Estado Democrático, trabalhando num prédio ou trancado num pavilhão ou numa sala, e entregando isso tudo na forma de Impostos Constitucionalmente corretos, mal sobrando para alimentar-se? E o que dizer do agricultor?
Existe diferença entre queimar bruxas na fogueira e permitir que mulheres morram assassinadas de outras formas?
Existe diferença entre proibir o aborto e deixar crianças morrerem sob a tortura da fome, das drogas, dos abusos mais variados?
Existe diferença entre os calabouços medievais e as prisões super lotadas?
Existe diferença entre os abusos da Igreja Medieval em relação a dízimos e os abusos das Neopentecostais?
Existem alguma diferença em qualquer situação de Guerra? Além das armas?
A humanidade evoluiu assustadoramente... Será que moralmente a humanidade evoluiu? Ou apenas melhorou a logística de seus costumes contrários a evolução?
Observem o Cosmos.
As órbitas são prova indiscutível da realidade da leminiscata: agora a lua está visível para nós, e partirá para iluminar o outro lado. Nesse momento não perdemos a lua porque ela é eterna, ela voltará, mas é necessário que saia, pois além de iluminar o outro lado, permite sentirmos o dia ensolarado.
Creio que me fiz compreender, para poder justificar tanta explicação sobre o que significa eterno.
O objetivo desse post é combater o egoísmo, e fazer pensar sobre o mal entendimento acerca do significado da palavra eternidade.
Infinito não existe.
Existe a Eterna Dança Cíclica sobre a lemniscata Universal.
O começo, o meio e o fim são relativos.
Por que então entender as coisas com pensamento linear?
Onde foi parar a nossa percepção?
Nosso raciocínio?
E pensando nos ciclos, percebemos que eles se aplicam a tudo nas nossas vidas. Isso demonstra que os ciclos naturais são uma verdade universal.
E que o egoismocentrismo dos quase salvos, achando que podem estacionar na lemniscata esperando o Fim dos Tempos, o arrebatamento, o hercólubus, a nova era, o escambau dessa idéia tosca de "escolhidos", "prontos para uma nova lemniscata", é um deboche a inteligência do Universo e um atestado de autoidiotização.

Por falar nisso, acho os polímeros invenções fabulosas, plástico nos ajuda demais, mas em relação aos efeitos de seu uso indiscriminado, não seria justo que a lemniscata andasse mais rápido e retornássemos ao uso das sacolas de papelão e litros de vidro de coca-cola???
Saudades das embalagens retornáveis...

Para ilustrar: Eppur Si Muove


My Son, beware.
... of all that your eyes cannot see
Trust your mind
And strenghten your abilities

Did you ever touch the starlight ?
Dream for a thousand years?
Have you ever seen the beauty
Of a newborn century?

And now's the time to enter
A new way, things to see
Man is just a weak reflection
In evolution's history

And in your hour of darkness
It will guide your way:

La bellezza del paese di Galilei

E nella mia ora più buia
loro splenderanno
spenderanno per me
all'infinito

Geboren im flackernden Kerzenschein
Verfasst in dunkler Zeit
Ein altes Stück von Pergament
Sich mit der Feder vereint

Der Zeichnung seines Arms entspringt
Der Universen Zelt
Es ist der Zeiten Anbeginn
Und ändert diese Welt

Des Universums Zelt

Nato al lume guizzante della candela
Scritto in tempi oscuri
Sulla vecchia pergamena
Scorre la penna
E dal suo braccio nasce
Il disegno delle volte celesti
È l'inizio dei tempi
E cambierà il mondo

My son, take care...
of what the cross wants you to be
Trust your eyes
And strenghten your abilities

Did you ever touch the starlight ?
Dream for a thousand years?
Have you ever seen the beauty
Of a newborn century?

And time has come to doubt
About the holy verse
It is just a weak reflection
In our endless universe

And in your hour of darkness
The beauty guides your way:

La bellezza del paese di Galilei

E nella mia ora più buia
loro splenderanno
spenderanno per me
all'infinito

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