quarta-feira, 6 de maio de 2009

Qu'est-ce que signifie "apprivoiser" ? Problemas de GC...

Pessoas amadas. Pessoas queridas. Pessoas do mundo de Sammy. Antes de continuar o post, peço um attimo para duas coisas:
Coisa 1: Desculpem-me pelo sumiço necessário. Muito tumulto, Sammy precisava dormir mais, centrar-se mais e tomar decisões. Rever conceitos, organizar o mundo interior e os eus que gritavam. Não apenas meus como de outras pessoas.
Coisa 2: Parabéns ao querido Sid/Marwin pela passagem de seu aniversário. Adoraria estar aí, tomando um Chivas e comendo comida sem carne (argh..., sacrifícios para amigos...)
Buenas, acredito que o frio dos pampas está a minha porta. Minha estação predileta. De lagartear ao sol, de casaco de lã, óculos escuros - estação muito fashion - e um bom chimarrão.
Fiz algumas redescobertas. E a principal foi: que eu preciso estar inteira, integrada, para continuar sendo eu mesma.
Passando pela crise de identidade comum a qualquer ser sensível por natureza, e, principalmente, passeando pelas crises de identidade de todos os esquizóides que a mim cercam, percebi que SOU MAIS IMPORTANTE do que imaginava.
E compartilho isso com meus amigos, nesse post por um motivo bem simples. Não quero dizer que eu seja mais importante que alguém e sim que SOU IMPORTANTE, e isso basta. E talvez alguém lerá essas palavras e perceberá que também é um ser importante. Mas há um porém...
Ah, esse porém...
A crise de Sammy se deu pelo fato dela ser importante para muitas pessoas. Reconhecer isso não foi nada fácil, pois se descobre a responsabilidade que temos pelos laços que criamos.
E eu fico pensando que aí reside, através de usufruto vitalício, todos os problemas de relações humanas.
Os problemas de relações humanas existem nesse círculo vicioso: ser importante -> ser responsável ->ser importante -> ser responsável ad infinitum.
Pois ao sermos importantes, o somos não apenas para nós mesmos, e sim para quem a gente cativa, a gente se faz necessário.
E de contrapartida, como diria minha grande amiga/namu/não sabemos mais quase ex do marido, a Bruna: Geramos Carência e também sofremos de GC.
Mas o que importa? Poderá alguém dizer.
Importa e muito. Essa responsabilidade é maior do que se imagina. Matematicamente, a partir do momento em que cometemos um ato do tipo GC (Gerar Carência) - estamos criando um sistema caótico de repetições exponenciais, onde a pequena pedrinha desce pela encosta cheia de neve e provoca uma avalanche. Uma avalanche de GC. Onde o ser que sofre o ato e é abandonado, acaba por repetir o processo com seus próximos, realimentando a carência coletiva.
É isso minha gente. Vivemos num mundo completamente carente de tanto as pessoas importantes gerarem carência e não alimentá-la mais. Gerar carência por gerar é uma forma de contaminar o ambiente com lixo. Os carentes vão fazendo mais carentes. E a equação de GC, que tenderia ao infinito positivo, acaba esbarrando no limite inexistente da divisão por zero. Ou seja: sem saída. Em suma: looping.
Nesse período de ausência virtual, dediquei-me um pouco mais a determinadas coisas e pessoas. E percebi que eu simplesmente não poderia me afastar de nada em prol do que quer que fosse. Com muita satisfação, percebi que meus amigos são meus amigos de poucos meses e de muitas décadas. Alguns de alguns milênios. (os milenares geralmente são complexos, esquizóides e muito confusos....)
Que pessoas que estavam longe aparecem de tempos em tempos e requerem um attimo meu. E elas tem esse direito. E eu tenho a obrigação de dar o quinhão de atenção a elas.
A frase do título do post foi retirada do livro Le Petit Prince, de Saint-Exupéry.
E lendo o trecho abaixo, percebe-se que ele concorda com Sammy, ao demonstrar o quanto somos importantes e com isso tornamos os outros importantes...
Fica aqui o questionamento de Sammy a todos: porque Gerar Carência pura e simplesmente? Para que plantar rosas se não são capazes de cultivá-las?
Se são incapazes de compartilhar?
Lembrei-me de uma reportagem sobre um grupo de amantes de orquídeas que recolhiam orquídeas dos lixos. Podavam, cuidavam e criaram um belo jardim de orquídeas abandonadas. Simplesmente porque os donos de orquídeas não sabiam podá-las, elas deixavam de dar flores, eles as desprezavam e compravam outras em seu lugar, que teriam o mesmo destino das anteriores. Eram seres incapazes de ter orquídeas. E seria tão simples entender as orquídeas...
Não abandonem suas orquídeas, pois o problema está na sua forma de agir e não nelas.
Cultive, cuide, alimente, nutra, dê luz.
São elas que enfeitarão sua vida.
São os amigos que mostrarão as belezas de se viver.
São esses amigos orquídeas que tornam você importante, porque você os torna importantes.
E num momento determinado, esse amor será maior.
Economize seu tempo com flores novas e cuide bem das que você já tem.
Caso contrário, nunca terá nada no seu jardim, pois você não espera que elas crescam...
Seja paciente e aproveite cada detalhe.
Não se antecipe.
Não tema as rosas.
Não tema as orquídeas.
Não tema os amigos.
Não tema AMAR e SER AMADO.
Não tema Ser AMOR!

Qu'est-ce que signifie "apprivoiser" ?

..."

si tu m'apprivoises, ma vie sera comme ensoleillée.
Je connaîtrai un bruit de pas qui sera différent de tous les autres.
Les autres pas me font rentrer sur terre.
Le tien m'appellera hors du terrier, comme une musique.
Et puis regarde! Tu vois là-bas, les champs de blé?
Je ne mange pas de pain. Le blé pour moi est inutile.
Les champs de blé ne me rappellent rien. Et ça, c'est triste!
Mais tu as des cheveux couleur d'or.
Alors ce sera merveilleux quand tu m'auras apprivoisé!
Le blé qui est doré, me fera souvenir de toi.
Et j'aimerai le bruit du vent dans le blé...

Le renard se tut et regard longtemps le petit prince :

S'il te plaìt... apprivoise-moi, dit-il.

Je veux bien, répondit le petit prince, mais je n'ai pas beaucoup de temps.
J'ai des amis à découvrir et beaucoup de choses à connaìtre.

On ne connaìt que les choses que l'on apprivoise, dit le renard.
Les hommes n'ont plus le temps de rien connaìtre.
Ils achètent des choses toutes faites chez les marchands.
Mais comme il n'existe point de marchands d'amis,
les hommes n'ont plus d'amis....

Voici mon secret. Il est très simple:
on ne voit bien qu'avec le coeur.
L'essentiel est invisible pour les yeux.

L'essentiel est invisible pour les yeux,
répéta le petit prince, afin de se souvenir.

C'est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante.

C'est le temps que j'ai perdu pour ma rose...
fit le petit prince, afin de se souvenir.

Les hommes ont oublié cette vérité, dit le renard.
Mais tu ne dois pas l'oublier.
Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé.
Tu es responsable de ta rose...

Je suis responsable de ma rose..."
répéta le petit prince, afin de se souvenir.

Si tu veux un ami, apprivoise-moi!"


Beijão de Sammy a todas as rosas e orquídeas do jardim.

Um comentário:

  1. Há muito a dizer em relação a isso e em relação a uma infinidade de coisas. Eu nem mesmo tenho a energia necessária para expresar todos os sentimentos e pensamentos, mas o sentimento que me salva de uma tagarelice incansável é que tudo acalmou.

    Para falarmos as coisas ou mesmo buscarmos saber sobre elas deve haver um impulso emocional, e o impulso que eu tinha pra falar as novidades(tudo mudou) já não existe.

    "L'essentiel est invisible pour les yeux."

    Eu ainda leio sei blog.

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