
Arcano XXI do Tarot de Marselha: Le Monde, ou O Mundo. A carta "O Mundo", anuncia a vitória, o sucesso, a realização, a perfeição. Essa é a carta de Sammy em seu momento atual.
Minha vida completou um ciclo. Logo iniciou outro. A plenitude que vem depois da morte. Da morte na vida. Não a morte tétrica. E sim a morte que acontece depois da colheita necessária.
Como um milharal que seca e deve ser retirado do solo, para iniciar uma nova cultura, assim é o ciclo vital.
Cada pessoa tem o seu, todos nós temos. Observem-se. Observem seus ciclos e deixem que eles ocorram. Plantem o que der frutos, e não deixem o solo de suas vidas abandonado.
Sammy num dos ciclos, plantou demais, exauriu a Terra, exauriu a vida. Sentiu-se só. Sentiu fome. Passou invernos duros sem a colheita. Furtaram-lhe o que tinha de mais sagrado: o abrigo, a família, a verdade, a ligação com a Terra. Sammy pensou que furtaram, mas na verdade, Sammy estava relapsa, querendo mais que a Terra poderia dar e mais que o corpo e a alma de Sammy pudessem suportar. E como filha da Terra, foi ouvida e reconduzida ao plantio. Precisou de ajuda, amigos de muitos lugares distantes apareceram. Sammy viu que não estava sozinha. Sammy ganhou um Anjo, que não fez o trabalho de Sammy, mas fez Sammy voltar a sua natureza de Filha da Terra. De novamente ser a Deusa dona de si e com capacidade de escolher o que plantar e saber o que iria colher.
A colheita nefasta, Sammy colheu sozinha. Na esuridão, abrigo de toda a Mulher Filha da Terra. Na escuridão que fortalece. E como Perséfone, desceu ao mundo escuro, para de lá subir com os segredos mais secretos, com o domínio das forças da Terra. A descida de Sammy, a princípio assustadora, era na verdade uma forma de entrar no útero da Grande Mãe, e lá receber e perceber a força. A grande força de Sammy e de muitas mulheres, de muitas Bruxas perdidas no mundo há milênios, que como Sammy esquecem o que são. Mulheres plenas, mulheres sábias, mulheres que amam demais, que são Filhas de Verdade da Terra.
Sammy não negou sua essência, e na descida ao mundo de Hades, comeu as sementes de Romã, e agradece a oportunidade de conhecer e saber como agir nas trevas.
E graças a isso Sammy é muito forte. Graças a isso, Sammy entende porque seu Anjo apareceu para levá-la a entender o porque de ter conhecido o mundo de Hades. O Anjo mostrou a Sammy que o mundo de Hades é necessário, e conhecê-lo é uma dádiva. Pois o lado escuro e sombrio não é ruim. Maniqueísmo é uma mentira. O que vale é a compreensão de nós mesmos.
Assim Sammy pode dizer, quase aos 34 anos, que hoje sabe que todas as outras Sammys fazem parte dela. Que Sammy é uma unidade, não um ser fragmentado e dicotômico. Sammy é a carta Le Monde.
Para quem não conhece a história, ou perdeu-se em analogias, deixo um texto sem autor, mas que fala a verdade sobre o mito Perséfone:
"No início do mito Deméter/Perséfone diz-se que ela era uma garota despreocupada que colhia flores e brincava com suas amigas. Então Hades apareceu repentinamente em sua carruagem de uma abertura na terra, pegou a jovem à força e a levou para o inferno, a fim de ser sua noiva contra a vontade.
Antes que ela o deixasse, contudo, Hades lhe deu algumas sementes de romã, e ela comeu. Então entrou na carruagem com Hermes que a levou rapidamente para Deméter. Não tivesse Perséfone comido qualquer coisa, teria sido completamente devolvida a Deméter, tendo comido a semente de romã, contudo, passaria agora um terço do ano no inferno com Hades, e dois terços do ano no mundo superior, com Deméter. Mais tarde, Perséfone tornou-se rainha do inferno.Todas as vezes que os heróis e heroínas da mitologia grega desciam para o reino inferior, Perséfone lá estava para recebê-los e ser sua guia, não estava ausente para ninguém. Nunca havia um sinal na porta (de que ela fora para casa com a mãe), embora o mito diga que ela fazia isso dois terços do ano.Perséfone é a imagem do elo com o misterioso e insondável mundo interior. É como se por trás e por baixo do mundo diário, sob a luz do dia, e que consideramos real, existisse um outro mundo profundo e denso, cheio de riquezas ocultas e mistérios a serem desvendados. Sendo que neste mundo, não podemos penetrar sem o consentimento de seus governantes invisíveis. Este universo contém nossos potenciais a serem desenvolvidos, bem como as facetas sombrias e mais primitivas da nossa personalidade. Lá também está guardado o segredo do destino dos indivíduos. Perséfone representa aquela parte de nós que conhece os segredos do mundo interior. Entretanto, isto só será desvelado com o despertar da consciência, aparecendo através de sonhos ou por meios de estranhas coincidências da vida que nos levam a questionar a respeito de nossa existência e dos padrões de atitudes que operam dentro de nós. Perséfone é uma figura sedutora e fascinante, porém, jamais fala de seus segredos. Da mesma maneira, o mundo noturno do inconsciente penetra nos sonhos, nas fantasias e nas intuições e sempre que tentamos dominá-lo e coloca-lo ao lado de nosso intelecto, em nosso próprio benefício, esse mundo se emudece e escapa de nosso alcance. O mundo sombrio de Perséfone oferece apenas lampejos da movimentação em ação dentro do indivíduo que requer paciência e tempo para serem trazidos à luz da consciência."
No Tarot, A Carta A Sacerdotisa representa o arquétipo de Perséfone, assim como na vida, Sammy é Perséfone.
Entonces, Sammy está em perfeito equilíbrio. Terminou a colheita. Preparou o solo e o novo já está com suas primeiras folhinhas verdes aparecendo. Sammy está feliz e agradece. Agradece por ser Mulher, Filha da Terra, agradece por conhecer muitos mistérios da Luz e das Trevas, agradece por ter tido a oportunidade de despertar sua consciência, de fazer o seu melhor, de ser rica, merecedora de amigos verdadeiros. De dar e receber Amor. De não decepcionar a Grande Mãe, de não negar sua natureza magística de Bruxa: Ser Mulher Soberana. Independente e feliz pelo trabalho árduo que tem pela frente. Pela "suposta solidão" necessária. Digo suposta, pois Sammy nunca estará só.
Paz de Espírito não tem preço.
Blessed Be!
Minha vida completou um ciclo. Logo iniciou outro. A plenitude que vem depois da morte. Da morte na vida. Não a morte tétrica. E sim a morte que acontece depois da colheita necessária.
Como um milharal que seca e deve ser retirado do solo, para iniciar uma nova cultura, assim é o ciclo vital.
Cada pessoa tem o seu, todos nós temos. Observem-se. Observem seus ciclos e deixem que eles ocorram. Plantem o que der frutos, e não deixem o solo de suas vidas abandonado.
Sammy num dos ciclos, plantou demais, exauriu a Terra, exauriu a vida. Sentiu-se só. Sentiu fome. Passou invernos duros sem a colheita. Furtaram-lhe o que tinha de mais sagrado: o abrigo, a família, a verdade, a ligação com a Terra. Sammy pensou que furtaram, mas na verdade, Sammy estava relapsa, querendo mais que a Terra poderia dar e mais que o corpo e a alma de Sammy pudessem suportar. E como filha da Terra, foi ouvida e reconduzida ao plantio. Precisou de ajuda, amigos de muitos lugares distantes apareceram. Sammy viu que não estava sozinha. Sammy ganhou um Anjo, que não fez o trabalho de Sammy, mas fez Sammy voltar a sua natureza de Filha da Terra. De novamente ser a Deusa dona de si e com capacidade de escolher o que plantar e saber o que iria colher.
A colheita nefasta, Sammy colheu sozinha. Na esuridão, abrigo de toda a Mulher Filha da Terra. Na escuridão que fortalece. E como Perséfone, desceu ao mundo escuro, para de lá subir com os segredos mais secretos, com o domínio das forças da Terra. A descida de Sammy, a princípio assustadora, era na verdade uma forma de entrar no útero da Grande Mãe, e lá receber e perceber a força. A grande força de Sammy e de muitas mulheres, de muitas Bruxas perdidas no mundo há milênios, que como Sammy esquecem o que são. Mulheres plenas, mulheres sábias, mulheres que amam demais, que são Filhas de Verdade da Terra.
Sammy não negou sua essência, e na descida ao mundo de Hades, comeu as sementes de Romã, e agradece a oportunidade de conhecer e saber como agir nas trevas.
E graças a isso Sammy é muito forte. Graças a isso, Sammy entende porque seu Anjo apareceu para levá-la a entender o porque de ter conhecido o mundo de Hades. O Anjo mostrou a Sammy que o mundo de Hades é necessário, e conhecê-lo é uma dádiva. Pois o lado escuro e sombrio não é ruim. Maniqueísmo é uma mentira. O que vale é a compreensão de nós mesmos.
Assim Sammy pode dizer, quase aos 34 anos, que hoje sabe que todas as outras Sammys fazem parte dela. Que Sammy é uma unidade, não um ser fragmentado e dicotômico. Sammy é a carta Le Monde.
Para quem não conhece a história, ou perdeu-se em analogias, deixo um texto sem autor, mas que fala a verdade sobre o mito Perséfone:
"No início do mito Deméter/Perséfone diz-se que ela era uma garota despreocupada que colhia flores e brincava com suas amigas. Então Hades apareceu repentinamente em sua carruagem de uma abertura na terra, pegou a jovem à força e a levou para o inferno, a fim de ser sua noiva contra a vontade.
Antes que ela o deixasse, contudo, Hades lhe deu algumas sementes de romã, e ela comeu. Então entrou na carruagem com Hermes que a levou rapidamente para Deméter. Não tivesse Perséfone comido qualquer coisa, teria sido completamente devolvida a Deméter, tendo comido a semente de romã, contudo, passaria agora um terço do ano no inferno com Hades, e dois terços do ano no mundo superior, com Deméter. Mais tarde, Perséfone tornou-se rainha do inferno.Todas as vezes que os heróis e heroínas da mitologia grega desciam para o reino inferior, Perséfone lá estava para recebê-los e ser sua guia, não estava ausente para ninguém. Nunca havia um sinal na porta (de que ela fora para casa com a mãe), embora o mito diga que ela fazia isso dois terços do ano.Perséfone é a imagem do elo com o misterioso e insondável mundo interior. É como se por trás e por baixo do mundo diário, sob a luz do dia, e que consideramos real, existisse um outro mundo profundo e denso, cheio de riquezas ocultas e mistérios a serem desvendados. Sendo que neste mundo, não podemos penetrar sem o consentimento de seus governantes invisíveis. Este universo contém nossos potenciais a serem desenvolvidos, bem como as facetas sombrias e mais primitivas da nossa personalidade. Lá também está guardado o segredo do destino dos indivíduos. Perséfone representa aquela parte de nós que conhece os segredos do mundo interior. Entretanto, isto só será desvelado com o despertar da consciência, aparecendo através de sonhos ou por meios de estranhas coincidências da vida que nos levam a questionar a respeito de nossa existência e dos padrões de atitudes que operam dentro de nós. Perséfone é uma figura sedutora e fascinante, porém, jamais fala de seus segredos. Da mesma maneira, o mundo noturno do inconsciente penetra nos sonhos, nas fantasias e nas intuições e sempre que tentamos dominá-lo e coloca-lo ao lado de nosso intelecto, em nosso próprio benefício, esse mundo se emudece e escapa de nosso alcance. O mundo sombrio de Perséfone oferece apenas lampejos da movimentação em ação dentro do indivíduo que requer paciência e tempo para serem trazidos à luz da consciência."
No Tarot, A Carta A Sacerdotisa representa o arquétipo de Perséfone, assim como na vida, Sammy é Perséfone.
Entonces, Sammy está em perfeito equilíbrio. Terminou a colheita. Preparou o solo e o novo já está com suas primeiras folhinhas verdes aparecendo. Sammy está feliz e agradece. Agradece por ser Mulher, Filha da Terra, agradece por conhecer muitos mistérios da Luz e das Trevas, agradece por ter tido a oportunidade de despertar sua consciência, de fazer o seu melhor, de ser rica, merecedora de amigos verdadeiros. De dar e receber Amor. De não decepcionar a Grande Mãe, de não negar sua natureza magística de Bruxa: Ser Mulher Soberana. Independente e feliz pelo trabalho árduo que tem pela frente. Pela "suposta solidão" necessária. Digo suposta, pois Sammy nunca estará só.
Paz de Espírito não tem preço.
Blessed Be!
um trecho od livro O enigma da imortalidade é válido aqui.
ResponderExcluir" Finalmente algo diferente. Já não estou no mesmo lugar, não há mais batalha.
Está tudo quieto, e estou no poço perto de onde eu durmo. Há uma corda que vai entrando nele que vem de cima das nuvens.
(...)
Andei até lá e ela foi comigo. Senti medo a cada passo que dava, pois apesar de buscar esse segredo, tinha medo dele. peguei a corda, e olhei para o poço. A água era escura e de alguma forma densa. Parecia um pouco com betume. E olhando pro céu de perto não dava para ver o fim da corda.
- não sei se sou capaz, Angela.
- você sabe o que tem que fazer?
- acho que sim. Tenho que subir, mas é muito alto para mim.
- é alto, é verdade, mas você não tem que subir. Tem que descer no poço.
- mas essa água vai me afogar!
- não vai. Ela vai te lavar.
- Me ajude. Segure para mim a corda, pois eu acho que ela não vai me agüentar e vou ficar preso lá.
- não posso te ajudar nisso, Sun. Eu já fiz o que devia fazer e agora tenho que ir. Você deve entrar no poço por conta própria."
eu acho que o texto é de Jung.
Oi Sammy (:
ResponderExcluirGostei bastante de tudo que li. Numa parte você diz sobre o maniqueismo ser uma farsa. Dias atras eu li sobre um filme maravilhoso que assisti a algumas semanas( "Pistoleiros do Entardecer", 1962, de Sam Peckynpah), e dizia ser um dos primeiros filmes americanos a romper com o maniqueismo que imperava nos filmes produzidos até então.
Achei muito profundo e verdadeiro a parte deste texto sem autoria que você postou que diz sobre a impossibilidade de capturarmos as sugestões que o nosso inconsciente nos envia para nos ajudar e coloca-las ao lado do nosso intelecto. Com certeza não é possivel pois é contra a natureza do Universo. Eu já tentei muito fazer isso, e só traz perturbações à mente.
Beijão!!