domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu Amo Van Gogh!


Sempre tive queda por esquizoidias, esquizofrenias e afins.
Dizem os psicólogos, não que eu confie piamente no que eles dizem, que amar algo ou alguém que não conhecemos, que não temos o convívio, chama-se "projeção", não amor.
Incrível isso, eu tenho projeção com pessoas esquizóides.
Parece que entendo eles e não os vejo como loucos, não mesmo.
Os vejo como pessoas especiais demais, que por algum motivo sofrem em não se entenderem e não serem quadradinhos perfeitos nesse mundo de Lego que vivemos.
São pecinhas exclusivas, belas porque são completas, não precisam se encaixar.
São pecinhas de arte.
É isso.
Eles não são loucos. São artistas que o mundo enlouqueceu ou quer enlouquecer.
Eu Amo Van Gogh!
E as pessoas sempre querem tentar explicar o que não tem comparação, comparando com o que conhecem, ou seja, tentando limitar e enquadradar uma peça especial de Lego. Quando não conseguem, dizem que a peça linda, perfeita em sua singularidade, é na verdade torta e defeituosa, e excluem a peça do jogo.
Eu adoro colecionar essas peças.
E descobri que elas não são "inincaixáveis".
Elas podem servir de toque final na nossa vida, igual a estrela no topo da árvore de Natal.
Todavia, se outra peça conseguir unir-se a ela, uma peça como a Sammy, por exemplo, uma peça quadrada, mas flexível, que possa ser entortada, as peças de Lego Esquizóides unidas comporão um conjunto muito bonito e invenjável.
Formarão algo novo, e aparecerão com todo seu explendor.
Peças Esquizóides, Peças Van Gogh não foram feitas para serem usadas.
Elas existem para mostrar a beleza da vida, as possibilidades, o diferente, a arte de ver as coisas com olhos especiais.
São peças amorosas, que estão aqui conosco, fazendo o sacrifício de tentar sair do quadrado, e muitas vezes saem da casinha...
As pessoas não entendem que essas peças são independentes, mas que existem por que a gente que precisa delas e não elas da gente.
De ouvir sons que outros não ouvem, por simplesmente não prestarem atenção.
Eu Amo Van Gogh!
Eu amo uma peça singular de Lego: meu amigo Gutto, que também ama Van Gogh.
Quando eu perder minha flexibilidade, quero ser uma peça Lego Van Gogh.
Obrigada por você existir Gutto!



3 comentários:

  1. A linguagem é algo simplesmente magnífico, não é?
    Podemos tentar dizer que o ser humano se limita à lógica lingüística: que a associação “crítica” de forma pura é a única verdadeira.
    Isso é uma grande besteira.
    O senso crítico sem sensibilidade leva um psicólogo a colocar dezenas ou centenas de pessoas para repetirem uma atividade achando que assim alcançará algo da essência humana.
    Mas a sensibilidade destituída de senso crítico não gera absurdos, e sim verdadeiras respostas para a natureza humana.
    Mesmo um daltônico, que não pode determinar que cor exatamente esteja vendo, consegue entender a linguagem destas.
    Entender a linguagens das formas, a subjetividade de um van gogh.
    Eu se tivesse coordenação motora seria um pintor também, talvez mais um desenhista.
    As imagens que vejo são magníficas, mas eu só posso traduzi-las em palavras.
    Elas não bastam, é fato, mas são tudo o que tenho para exprimir aquilo que há de mais profundo em mim.
    Assim como, por não ter habilidade para criar musicas, simplesmente pela carência de coordenação motora, crio poesias.
    Para mim elas são as melodias em forma de palavra.
    É verdade que os homens são tolos, e que tentam limitar uns aos outros de acordo com seus próprios preconceitos para se sentirem seguros.

    Por isso eu digo viva a loucura, que vivam as anormalidades que tornam a essência humana menos robótica.
    Que vivam os sentimentos que vão além do método científico e por isso não podem ser mensurados.
    Que viva a arte, que não pode ser monitorada e recriada em laboratório...

    LY

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  2. Não vou escrever tanto quanto o filósofo de cima, o Silas hein? huahuahua...

    Sabe, eu acredito que todos somos peças únicas e especiais, assim que nascemos. O que ocorre, é que uma dessas peças únicas e especiais, ao se desenvolver, começou a pensar quadrado, e infectou a mente de outro especial com esse pensamento quadrado, que foi infectanto uns e outros, até que a maioria das pessoas, logo quando nasce, já herda o pensamento quadrado. Isso as transformaram em pessoas quadradas, que a "mão invisível" encaixa e desencaixa na hora que quer, fazendo-as tomar as formas que esta mão invisível quer, perdendo assim sua indentidade, que deveria ser única.

    Graças a Deus, existem pessoas esquisitas, loucas, idiotas, ou com "formas idiotas", que mudam o mundo para melhor...

    Viva aos esquisitos!

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  3. Sammyyyyyyyyyy, eu amo Van Gogh também amiga!

    Só conheço Vans Goghs.....acho que sou a orelha perdida deles.......hihihihi

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